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01-04-2003

EUA e Iraque: Qem dita o quê?


Pluralidade

EUA e Iraque Quem dita o quê ? A minha situação de doutorando em Comunicação Empresarial e Institucional (na Universidad Completense de Madrid) força-me a alinhavar estas frases (para muitos, desconexas). Aprendi muito recentemente (desculpem a ignorância) que, numa grande percentagem, as notícias mais importantes para o esclarecimento dos mais carenciados e, por ventura, menos cultos, são aquelas que não convêm publicitar e que, pasme-se, não alimentam nem engrandecem as boas e grandes causas (será casas??!!). Gostava, pois, se não se importassem, de reescrever algumas notícias a propósito do conflito “Sociedade das Nações versus Iraque”, ou talvez “EUA versus Iraque”. Aliás deve ser mais adequada “George Bush versus Saddam Husseid”, ou “Ditador Transnacional versus Ditador Nacional”. Qual dos dois o mais ditador ?!. Admito que o Saddam não seja um bom homem. Possivelmente cometeu e comete muitas atrocidades, crimes contra a humanidade, etc, etc. Mas, parece-me que foi eleito pelo seu povo (dirão alguns: “pudera”...). Sabemos, então, que a sua eleição pode não ter sido pacífica. Ao invés, a de George Bush foi exemplar....e democrática..., apenas um pouco morosa. Cremos que, com o arsenal já instalado no Golfo (e arredores), será muito difícil os EUA (unilateralmente) não atacarem o Iraque. Aliás a guerra terá obrigatoriamente que acontecer. Caso contrário, digam-me, o que acontece à Comunicação Social que deixa de fazer mais um directo tipo “Caso Bagdad”?!. Quantos jornais deixarão de se vender ?!. Como poderão os cientistas norte americanos desenvolver novas armas e bombas, com efeitos perfurantes, aniquilantes, etc, se não forem consumidos (neste caso, despejados) os stocks actuais ?!. Mais importante ainda: quem pagará o regresso das tropas aos EUA ?!. Afinal, não é só com a tecnologia desactualizada (mas redenominada “de ponta”) que, com grande pompa e circunstância, se presenteiam as nações mais pobres. Também, ao nível do armamento. Bombardeia-se com segunda escolha !!!. Esquecia-me que, nesta fase, em que a economia está em crise (ou menos bem), a guerra não deixa de ser uma situação fenomenal (vide, por exemplo, Bartoon – Público de Quinta-Feira, 22/01/03), pois não só beneficia a venda de armas, como com os feridos vendem-se mais medicamentos. Com os mortos vendem-se mais caixões e, eventualmente, mais flores. A cobertura noticiosa proporciona uma facturação choruda. Afinal tudo será bom. Obviamente para quem vende, ou melhor, para quem bombardeia. Desculpem, esquecia-me, nem tudo é vendido!. Por vezes, para as crianças moribundas e desprovidas de liberdade (física, intelectual e ideológica) também lhes é oferecido, na bonança do pós-guerra, a possibilidade de comerem no Mc Donald´s, beberem Coca-Cola, ou apreciarem uma televisão interactiva, vendo filmes de guerra; da guerra do seu país, em que os maus, seus concidadãos (“foras da lei”, obviamente) são postos na ordem pela “Força da Paz”. Aconteceu, por lapso, cremos, um alto responsável do Pelouro do Turismo de Portugal, em declaração à Comunicação Social, concluir o seguinte: “Dada a nossa localização geográfica, uma guerra no Golfo Pérsico, poderia levar os turistas a escolherem Portugal, impulsionando, assim, a retoma económica (in Público – de Domingo, 26/01/03). Como verificamos, razões para justificar a guerra não faltam, e até são muito plausíveis. Por vezes, ouvimos vozes anónimas do povo mais genuíno que temos e somos, dizendo, por exemplo: “A Guerra é por causa do Petróleo”. Ou como ouvi agora mesmo: “A Guerra é para os EUA dominarem o Golfo Pérsico”, ou ainda, da boca dos menos esclarecidos: “A Guerra é para reporem o stock de armamento”, etc, etc. Queiram desculpar os leitores porque eles, esse povo anónimo, não sabe o que diz e, portanto, é justo que tais afirmações ilógicas, irracionais e desconexas não aparecem nos jornais, que, por norma, são imparciais, e recolhem todos os contributos para proporcionar a compreensibilidade da imagem poliédrica dos acontecimentos.... Por vezes gostava de entender estes palavrões que, certamente, quererão dizer alguma coisa. Aproveito a oportunidade para expressar o meu contentamento por verificar (no DN – Diário de Notícias de 26/01/03) que 76% dos inquiridos/entrevistados consideraram que a actual política externa da Administração Bush constitui uma ameaça para a Paz Mundial. Contudo, custa-me a crer que as pessoas não tenham sido meticulosamente escolhidas. Isto, porque os EUA são um Paraíso!!! Estou convencido, que a sondagem foi manipulada pelos “Bloquistas” (leia-se: às pessoas portadoras do bloco de notas).... Para terminar, evidencio algumas questões que me têm preocupado, na esperança de obter, no curto prazo, as respostas adequadas: Porquê procurar bombas de destruição maciça/massiva fora dos EUA?. Creio que será para comparar com a potência das suas.... Qual a diferença entre matar pessoas (sobretudo, crianças) com bombas ou deixá-las morrer à fome (devido ao embargo)?. – Não sou patologista para descobrir a diferença, mas, certamente, haverá diferenças significativas. As primeiras morrem por uma boa causa, as segundas por uma côdea boa (ainda que muito rija). Preocupa-me também, nesta fase, não saber distinguir uma bomba terrorista de uma antiterrorista. Penso que esta última é inofensiva, ou melhor, é boa. Mas, uma vez mais, a contra-informação afirma que são mais poderosas e mais destruidoras!!! Como podem ser, se são fabricadas nos EUA?. No país intocável que luta contra o terrorismo internacional. Fico na dúvida. Se ainda ao menos esclarecessem as pessoas (citando a minha querida mãe, e outras mães, e não “filhas-da-mãe”).... Ainda, como eterno estudante (ao que parece, até vou tendo resultados satisfatórios!), não compreendo uma série de coisas básicas. Dizem que é a Comunicação Social que faz a Guerra. Não entendo. Marcam dias e horas para o início da Guerra, o que é importante, não vá faltar um directo para saborearmos à hora do jantar (para os que ainda o vão tendo). Ao terminar, peço, obviamente, desculpa pelo atropelo das ideias que foram surgindo. Fico triste por duas razões: após este incursão não sei quem é o Ditador ou melhor, o mais Ditador. Por outro lado, entristece-me ver as coisas de forma diferente ao ponto sentir-me envergonhado por viver neste mundo que afinal ajudei a construir. Esta aventura ao âmago da questão é apenas um contributo para que, esclarecendo algumas pessoas, o mundo seja melhor. Custa-me admitir; neste mundo quanto mais aprendo menos sei e mais me sinto infeliz. Gilberto de Carvalho Fernandes (13 Fev / 11:57)

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